domingo, 6 de junho de 2010

Professor agredido com cadeira


É mais um caso de violência na escola. Um rapaz de 12 anos agrediu violentamente um professor, na sala de aula e em frente aos colegas, atirando-lhe com uma mochila na cara e batendo-lhe com uma cadeira nas pernas.

O caso aconteceu no passado mês de Março numa turma do 6.º ano da Escola D. Pedro II, na Moita. O professor sentiu-se mal, correu para a casa de banho a vomitar e teve de ser assistido no Hospital do Barreiro. A escola já abriu um processo disciplinar ao aluno, que ontem foi à escola. O professor também surgiu na escola de muletas, mas não deu aulas.
Quando o docente de Português entregou os testes, o rapaz discordou da avaliação. Contestou, não ficou satisfeito com as explicações e agrediu o professor.
Ninguém conseguiu reagir. Mesmo os mais velhos - a turma tem vários estudantes de 14 anos - ficaram "colados à cadeira", como descreveram ontem os colegas de turma. "Se fôssemos fazer alguma coisa, se calhar, ainda era pior. Ele estava transformado", explicou uma jovem, ainda estupefacta com a violência da agressão, admitindo que o professor ficou sem reacção e só se tentou afastar para não levar mais.

Inquérito a Escola de Fitares conclui que "não há factos que justifiquem procedimentos disciplinares" mas faz recomendações

O inquérito à Escola Básica de Fitares, para determinar eventual relação entre suicídio de um professor e maus tratos alegadamente causados por alunos, concluiu que "não há factos que justifiquem procedimentos disciplinares", mas faz recomendações ao estabelecimento de ensino.
A 9 de Fevereiro deste ano, um professor da Escola Básica de Fitares suicidou-se, tendo deixado no seu computador pessoal um texto onde afirmava: "Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimento, a única solução apaziguadora será o suicídio".
Na sequência de várias notícias divulgadas em órgãos de comunicação social, que associavam o suicídio do professor a maus tratos praticados por alunos, a Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT) instaurou um processo de inquérito, a 12 de Março, para apurar a eventual relação entre a morte do professor e alegados comportamentos agressivos de alunos.
Em comunicado, a DRELVT divulgou hoje que o inquérito concluiu que "não há factos merecedores de censura jurídica disciplinar que justifiquem a instauração de procedimentos disciplinares”, mas faz um conjunto de recomendações à escola.
O inquérito instaurado pela Inspecção Geral de Educação recomenda a revisão do regulamento interno da escola, “adequando-o à legislação em vigor, nomeadamente ao Estatuto dos Ensinos Básico e Secundário”.
Segundo o comunicado da DRELVT, o inquérito recomenda uma “resposta legalmente adequada e célere às participações apresentadas por todos os elementos da comunidade educativa” e que seja garantido pelos órgãos da escola “um bom ambiente educativo”.
O inquérito recomenda ainda à DRELVT “o acompanhamento à escola e à sua direcção, tendo em conta as marcas que os acontecimentos deixaram na instituição e o prolongado nível de conflitualidade entre alguns elementos da comunidade educativa do Agrupamento de Escolas de Fitares”.
À boa maneira portuguesa ficou tudo em ´"àguas de bacalhau".